A rótula pela sua posição imediatamente sob a pele, está muito exposta aos impactos directos exercidos na região do joelho.

Habitualmente estas fracturas resultam de um traumatismo directo sobre o joelho.

Após esse traumatismo sobre a face anterior do joelho, vai-se apresentar uma dor local intensa, agravada pela tentativa quer da marcha, quer da subida ou descida de escadas. A extensão normalmente não é possível e a flexão do joelho está comprometida principalmente devido à dor intensa. A incapacidade funcional pode ser total ( se houver interrupção do aparelho extensor ) ou parcial. O défice da extensão activa a existir resulta de uma fractura transversa, associada à rotura dos retináculos.

Do traumatismo directo resulta habitualmente uma abrasão cutânea na face anterior do joelho. Quase de imediato apresenta-se um inchaço na face anterior do joelho, provocado pelo hematoma articular, com maior ou menor volume, que agrava a defesa na tentativa de mobilização. Quando se palpa a rótula pode aparecer uma depressão transversal o que corresponde a uma fractura transversa com diastase dos fragmentos. O doente só sente algum conforto com o joelho em extensão ou com ligeira flexão. Após 12 horas apresenta-se uma equimose na face anterior como na figura 1.

Com as fracturas da rótula, podem co-existir lesões associadas de outras estruturas importantes do joelho (ex. do ligamento cruzado posterior).

Existem vários tipos de padrões de fractura da rótula. Todas elas envolvem a articulação femuro-patelar (articulação do joelho entre o fémur e a rotula).

Tipos de fractura na figura 2:

Fractura transversa simples
Fractura transversa simples afastada (diastase)
Fractura cominutiva com ou sem afastamento
Fractura vertical lateral ou medial
Fractura osteocondral
Fractura com avulsão do pólo superior ou inferior (na criança).

O Rx do joelho de face e perfil, é o exame que permite confirmar o diagnóstico.

Alexandre Brandão, Dr.

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