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OSTEOSARCOMA DO JOELHO

 

Esta é uma entidade tumoral maligna que se apresenta por volta dos 15 anos mas podendo manifestar-se ainda até aos 30. É francamente muito mais frequente no homem que na mulher. Tem uma localização de predomínio nas metafises dos ossos longos, em particular na proximal da tíbia e na distal do fémur. Quando se apresenta com a primeira manifestação clínica, é já e frequentemente, com lesões do Estadio II-B, agressivas e com crescimento rápido.

As metástases pulmonares que se lhe associam são sempre muito precoces.

A imagiologia com Rx apresenta-nos normalmente uma lesão destrutiva e permeativa, com áreas amorfas de ossificação. Muitas vezes com rotura da cortical, com triângulo de Codman e padrão radiário de ossificação. Ocasionalmente puramente lítica ou totalmente ossificada. A avaliação cintigráfica apresenta-se com uma captação intensa e extensa do radioisótopo. A TAC apresenta-se frequentemente com um padrão de ossificação não orientado. Realça-se com produto de contraste.

Na RM em T1, evidencia-se fraca intensidade de sinal. E em T2, um sinal heterogéneo.

 O tratamento consiste essencialmente na instituição de regimes protocolados de quimioterapia, preferencialmente administrada de forma neoadjuvante ( pré-operatória ).

Os actuais protocolos permitem sobrevidas de cerca de 80% aos 5 anos e de quase 70 aos 10 anos. A cirurgia, através de ressecções alargadas ou radicais, com ou sem salvação do membro afectado, faz parte dos referidos protocolos e neles tem também papel preponderante.

Após as ressecções, inúmeras técnicas de reconstrução são possíveis, incluindo próteses, enxertos homólogos e enxertos compostos.

José Casanova, Prof. Dr.  (Cirurgião ortopédico)