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FIBROMA NÃO OSSIFICANTE

 


Trata-se de uma lesão benigna, que aparece normalmente dos 5 até 15 anos e mais frequentemente no sexo masculino.

Na sua localização em termos gerais, há uma predilecção pelas metafises dos principais ossos longos, em especial da tíbia e do fémur.

Da sua história natural, saliente-se que surge entre a placa epifisária ou o periósteo metafisário e passa para a periferia da metáfise.

Este tipo de lesão tem cura espontânea após o encerramento da placa epifisária.

Como complicação pode surgir uma fractura patológica sendo no entanto bastante rara e que quando presente acelera o processo de cura.

Não há transformação maligna.

No que diz respeito á imagiologia, trata-se de lesão com localização metafisária dos ossos longos, excêntrica, oval, identificando-se nas idades referidas a placa epifisária aberta.

Inicialmente é um defeito radiotransparente. Pode evoluir para ossificação periférica tardia.

Apresenta uma margem grosseira constituída por osso reactivo.

A cintigrafia óssea manifesta-se com hiperfixação focal no início e com diminuição da fixação, até se tornar imagem fria tardiamente.

Na TAC evidencia-se uma imagem radiotransparente, com margem irregular inicialmente e com margem ossificada, tardiamente.

O seguimento desta lesão faz-se desde o início, apenas com controlo clínico e imagiológico, para observação evolutiva e sem necessidade de realização de biopsia perante uma imagem típica. Só nas lesões atípicas há necessidade da efectivação de biopsia óssea. Está prevista a curetagem com a consequente aplicação de enxerto ósseo autólogo ou homólogo, a levar a efeito em lesões com volume de significado e para prevenir fracturas patológicas. É desnecessária a excisão em bloco ou alargada.


José Casanova, Prof. Dr.
Cirurgião ortopédico