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TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES OU OSTEOCLASTOMA

 

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É uma lesão benigna que surge por volta dos 20 até aos 40 anos de idade.

Não apresenta qualquer preferência pelo sexo masculino ou feminino.

Tem uma localização preferencial pela região metáfisoepifisária dos mais importantes ossos longos. 54% dos tumores de células gigantes localizam-se no joelho.

A imagiologia com Rx apresenta-nos aspectos radiológicos variáveis, podendo ser lesões líticas excêntricas, lesões líticas de limites bem definidos ou lesões com destruição da cortical e massa de tecidos moles, com envolvimento subcondral e de limites indefinidos.

Estas diferenças dependem da agressividade da lesão e o estudo radiológico  é indispensável para a obtenção de tais informações.

A hiperfixação cintigráfica também é variável e dependente da agressividade das lesões.

A TAC permite-nos apreciar os limites da lesão, bem como o seu interior que frequentemente septado e também a rotura da cortical. Realça estes aspectos com contraste.

A RM mostra em T1 um sinal intermédio. E em T2 um sinal intenso. O aparecimento de um sinal frequentemente heterogéneo é devido a hemorragia e ou a necrose.

O tratamento é cirúrgico e depende do estadiamento da lesão e do envolvimento articular presente à data do diagnóstico.

No entanto e sempre que possível, leva-se a efeito a curetagem associada a meios físicos e químicos, com preenchimento da loca tumoral com cimento, associado ou não a enxerto esponjoso autólogo, com colocação impactada até á zona subcondral. Este procedimento é o método de eleição.

José Casanova, Prof. Dr.

Cirurgião ortopédico