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OSTEOCONDROMA DO JOELHO

 

O osteocondroma é a formação tumoral benigna primária do osso, mais frequente.

Este tipo de lesão expansiva, constituída por osso e revestido por cartilagem, é externa á cortical do osso, lembrando pequena couve flor ou cogumelo e localiza-se principalmente nas metáfises ( zonas de crescimento nas extremidades dos ossos) dos ossos longos, onde se pode manifestar como uma tumefacção dura debaixo da pele. A metáfise proximal do úmero ( braço, próximo do ombro ), a distal do fémur (região superior do joelho) e a proximal da tíbia (região inferior do joelho) são as áreas mais envolvidas.

Os estudos desenvolvidos dão-nos conta de que este tipo de lesão resultará de uma alteração na placa de crescimento, durante o mesmo ( placa epifisária ).

Assim sendo, o osteocondroma pára de crescer quando se atinge a maturidade esquelética, ou seja, quando as placas de crescimento terminam a sua actividade. No entanto esta lesão torna-se suspeita de transformação maligna ( muito rara) se houver aumento da sua massa após o fim do crescimento.

Há dois tipos de osteocondroma, o pediculado o mais exuberante e o séssil o menos expansivo, sendo o primeiro o mais frequente.

Normalmente este tumor é assintomático e passa despercebido, sendo diagnosticado apenas ao realizar-se um exame imagiológico, por outro motivo qualquer, “achado imagiológico”. No entanto e com alguma relativa frequência, pode originar queixas de desconforto ou mesmo dor, pela interferência mecânica local com os tecidos moles adjacentes ( tendões da pata de ganso, ligamentos, músculo quadricipete, nervos ou mesmo com a pele ). Aproximadamente 90% dos doentes tem uma lesão única.

A radiologia convencional normalmente é suficiente para o seu diagnóstico. Só excepcionalmente é necessário o uso da Tomografia Computorizada ou da Ressonância Magnética para confirma-lo.

Na radiologia convencional este tumor podem parecer mais pequeno do que é na realidade, pelo facto da componente cartilagínea, em forma de “chapéu” que o recobre não ser visível ao Rx.

A sua excisão cirúrgica está recomendada se houver sintomas de conflito local por interposição, razões estéticas, crescimento após o fim da maturidade óssea ou para alívio do estado de ansiedade do seu portador.

A recorrência da lesão é rara e normalmente deve-se a uma excisão incompleta de um osteocondroma prévio.



Pedro Serrano, Dr.